terça-feira, 6 de outubro de 2009

O nosso Xico é um...

Esqueleto!
Hoje fizemos a leitura do seguinte texto:

O Esqueleto Inquieto


Era uma vez um esqueleto que vivia numa sala de aulas, sempre quieto, sem ter nada que fazer. Tinha sido esqueleto de alguém que não gostava de estar quieto e custava-lhe estar ali assim, sem se mexer.
Um dia, no intervalo das aulas, saiu disparado para o recreio, onde os rapazes jogavam à bola com alarido e fervor. Tinha saudades, coitado. Parece que, em tempos, tinha sido o esqueleto de um grande jogador.
Os rapazes é que não acharam graça e fugiram a correr. Haviam de os ver. Todos gritavam e nenhum foi capaz de olhar para trás. Só ficou a bola, que não tinha pernas. Ainda tentou rolar, mas o esqueleto foi atrás dela e aplicou-lhe um pontapé. Zás!
Foi um chuto em cheio, fenomenal, e esse é que foi o mal. Foi a bola, e foi o pé, mais os seus vinte seis ossinhos, mais uma tíbia, uma rótula, um perónio e também uma clavícula. Os ossos do esqueleto espalharam-se no recreio. Havia várias costelas, um fémur, um cúbito, um rádio e uma omoplata. A coluna vertebral ficou no meio.
Tivemos de apanhar os ossos e remontar o esqueleto para a professora não se zangar. Ele tinha vindo pelos próprios pés, mas quem iria acreditar? Foi uma trabalheira fenomenal, mas quando tocou a campainha só faltava uma vértebra dorsal. Tinha-a levado o Pintas, que é o cão da escola.
Trouxemos outro que estava na casota dele, meio abandonado. Era um osso roído, já em mau estado. Cheirava um bocadinho mal, mas ficou muito bem a fazer de vértebra dorsal.
E pronto, o esqueleto estava outra vez de pé, quieto, muito parado, talvez arrependido, ou talvez dorido e magoado. «Que grande pontapé! Este esqueleto foi de certeza o esqueleto de um grande jogador», disse eu. Depois olhei para ele e vi-o sorrir, satisfeito, com os dentes todos à mostra.


Texto copiado pelos alunos João e Daniel no Magalhães.


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